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| Assunto: Uma história do baú Qui 14 maio 2015, 19:19 | |
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- João Magalhães agride jornalista de «Record»
PRESIDENTE CHEGOU A PUXAR DE UM REVÓLVER sexta-feira, 8 junho de 2001 | 02:28 Autor: MANUEL QUEIROZ O JORNALISTA Miguel Sá Pereira, correspondente de Record em Barcelos, apresentou quinta-feira uma queixa na PSP daquela cidade contra o presidente do Gil Vicente, João Magalhães, que acusa de o ter agredido e ameaçado com uma pistola no escritório da sua empresa. Magalhães nega as agressões e o facto de ter puxado da pistola e em declarações ao “Jornal de Notícias” até negou que tivesse ido quinta-feira de manhã ao escritório, mas à tarde já aceitava que tinha encontrado o jornalista na sua empresa.
Miguel Sá Pereira fez a denúncia na PSP ao princípio da tarde, logo após ter sido assistido no Hospital de Barcelos, onde foi suturado com três pontos na mão esquerda e onde fez uma radiografia à cabeça por causa do soco violento com que alega ter sido agredido.
Em causa parece estar uma notícia quinta-feira publicada neste jornal e assinada por aquele jornalista, ligado também à Rádio Cávado de Barcelos e filho do antigo jogador (e actual técnico de futebol) Sá Pereira, sobre a possível contratação de Manoel, brasileiro que esteve no Guimarães esta época e que está ligado ao PSV Eindhoven. Refere-se na notícia que o presidente do Gil estivera reunido com o empresário do jogador, António Campos, e que o clube pretende contratar “mais seis ou sete” atletas. Diz ainda, no último parágrafo, que “o presidente João Magalhães admite recorrer às dispensas dos quatro grandes”, se o técnico achar fundamental, mas que “a política de contratação gilista será centrada em jogadores que possam vincular-se por duas épocas”.
Quinta-feira de manhã, Miguel Sá Pereira respondeu a uma chamada que não tinha atendido de Miguel Pimenta, secretário técnico do Gil Vicente, que passou o telefone a João Magalhães. “Falou-me com delicadeza e disse-me que gostava de falar comigo no escritório”, conta o jornalista.
Quando pôde, cerca das 11h30, dirigiu-se ao escritório da Empresa de Construções João Miranda Magalhães, Lda, na Rua João Paulo II em Barcelos, onde encontrou a filha de Magalhães e uma funcionária. Depois de esperar dois ou três minutos, apareceu, vindo do exterior, Miguel Pimenta, enquanto do outro lado aparecia João Magalhães. Continuou a tratá-lo bem. Pimenta ainda perguntou se entrava ou não na sala, mas Magalhães disse-lhe logo: “Tu ficas aí!” E acompanhou Miguel Sá Pereira ao escritório.
“Mandou-me sentar – continua Miguel Sá Pereira – e a única coisa estranha é que, normalmente, sentamo-nos à entrada da sala e desta vez levou-me para o lado mais longe da porta. Sentei-me onde me indicou e falou-me da notícia sobre o Manoel. Pegou numa folha de fax, que seria prova da negociação com o PSV Eindhoven pelo jogador. Inesperadamente, deu-me um soco muito violento no lado direito da face e eu fiquei atordoado. Quando voltei a mim já estava ele com a arma – um revólver – encostada à minha cabeça a dizer que me ia matar. Eu tentei acalmá-lo, com a mão esquerda tentei desviar o revólver e ele fez força para o manter encostado à minha cabeça e feriu-me na mão. Começou a pôr a arma para cima e para baixo e a dizer ‘vou-te dar um tiro, nos pés ou na perna’. Vi a morte à minha frente... Foi então que consegui libertar-me, levando ainda um pontapé nas costas, e fugir. Corri para fora do escritório, passei o ‘hall’ onde estavam a filha, a funcionária e o Miguel Pimenta e fui directo ao hospital.”
João Magalhães, por seu lado, negou a Record, ao fim da tarde, que tivesse agredido o jornalista. “Eu só falei alto, sabe, falei muito alto e ele assustou-se. (...) Deitou a correr e fugiu. (...) O que está aqui em causa é a minha pessoa e o meu clube. Mas não houve nada mais, ele assustou-se e deitou a fugir.”
Sobre a acusação de ter puxado da pistola, diz: “Eu alguma vez ia puxar de pistola para um homem? Eu tenho uma pistola e licença dela, mas até está em casa, nem está no escritório.”
“Ele tem a mania de pôr coisas a mais na minha boca. Na notícia diz que eu que disse não sei quê [a notícia não tem uma única declaração de Magalhães]. E vou-lhe dizer: tinha tudo tratado com o sr. Gomes, presidente do Penafiel, para contratar o Paulo Sousa e o Pedrinha. Eu estava caladinho e por causa de uma notícia que saiu no “O Jogo” o Paços de Ferreira foi lá, pagou mais e ficou com os jogadores”, explica ainda João Magalhães, não sem dizer noutro passo: “Gosto de respeitar toda a gente para que me respeitem”...
Demasiadas contradições
O construtor civil João Magalhães vai no seu terceiro ano como presidente do Gil Vicente, é conhecido por ter insultado vários jornalistas e é um homem de muitas contradições, que se calhar explicam muitas coisas. Ao “Jornal de Notícias”, ao princípio da tarde de quinta-feira, negou que tivesse estado sequer no seu escritório, mas pouco depois, em declarações à Rádio Cávado de Barcelos, já explicou que o que se passara é que o jornalista o tinha ido “chatear” ao escritório por causa de uma entrevista marcada para sexta-feira. Ao Record, ao fim da tarde, não só não falou de nenhuma entrevista como disse que “não queria fazer comentários” e que “não fez nada ao moço”. E sempre adiantou “um comentário”: “Há dois anos o empresário Manuel Barbosa e eu insultámo-nos mutuamente e agora somos grandes amigos. O Gil até contratou agora um jogador que é dele, o Marco Nuno.” Pois...
E este diálogo de quinta-feira entre Record e João Magalhães diz tudo: JM – Eu quero é que falem a realidade do meu clube.
R – Mas a notícia é realidade, por isso é que você reagiu assim.... JM – Mas não é verdade eu andar atrás do Manoel...
R – Ai não é verdade? JM – Quer dizer, é verdade, eu ando em negócios com o Manoel. Mas é preciso meter essa notícia, meter que eu que disse isso?
Sem comentários, a não ser que a notícia não diz em lado nenhum que Magalhães disse...
Nota da Direcção
O que se passou quinta-feira em Barcelos com o correspondente de Record, Miguel Sá Pereira, é muito mais do que lamentável. Chega a ser incompreensível.
Não está em causa o Gil Vicente, um clube que Record respeitou, respeita e respeitará sempre, como faz com todos os outros.
Está em causa um presidente que perde a cabeça por força de uma notícia, que ele, no meio das suas contradições, reconhece ser verdadeira. Era só mesmo o que nos faltava: um dirigente desvairado porque uma notícia lhe pode estragar um negócio.
Tudo isto mostra que o futebol português mudou muito menos do que devia e do que, por vezes, se apregoa. João Magalhães não tem lugar no desporto português. Um presidente não pode pôr em causa o nome de um clube e de uma cidade só porque conseguiu, ou não, contratar um jogador.
O desporto, hoje, também é um negócio. Mas os negócios também têm que ter regras. E os jornais fazem-se com notícias verdadeiras. Como aquela.
Miguel Sá Pereira é um jovem de 28 anos, é um dedicado colaborador deste jornal e terá sempre todo o apoio e solidariedade de Record. João Magalhães não, obrigado. http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/gil_vicente/interior.aspx?content_id=87692 | |
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rb_zinho Profissional
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| Assunto: Re: Uma história do baú Qui 14 maio 2015, 19:38 | |
| Lol já tinha visto isso...o record tem na net as notícias todas antigas, até de jogos da subida. E ainda adicionam noticias de quando e tinham site como essa. | |
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adepto Profissional
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| Assunto: Re: Uma história do baú Sex 15 maio 2015, 01:07 | |
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adepto Profissional
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| Assunto: Re: Uma história do baú Sex 22 maio 2015, 13:57 | |
| Uma foto que diz tudo | |
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rb_zinho Profissional
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| Assunto: Re: Uma história do baú Sex 22 maio 2015, 15:33 | |
| - adepto escreveu:
- Uma foto que diz tudo
Incrível como, pelo que vejo no FB, ninguém se queixa deste marmanjo (possivelmente porque ninguém sabe que ele existe). Mete-me um nojo tão grande este gajo que amanhã vou insultá-lo forte e feio quando ele tiver perto do túnel! | |
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adepto Profissional
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| Assunto: Re: Uma história do baú Sex 22 maio 2015, 16:04 | |
| Ele só está cá pela mão do Fiusa. Se calhar é um tachinho, e dos grandes. Espero que faça o mais correcto e o meta a mexer, até porque na próxima época não vai haver dinheiro para ele mamar. É preciso pagar aos funcionários que trabalham. | |
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| Assunto: Re: Uma história do baú | |
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